quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Games e Escola – Parte I

07-10-09 II Por Bnick

Muitas vezes eu já ouvi minha mãe dizendo “Menino, sai de video game e vai estudar”, bom, eu nunca saia. Quando eu tinha meus cinco anos meu Super Nintendo me levava para alem dos limites da minha imaginação, eu me sentia um astronauta, um encanador, um piloto de corrida, um cientista, um xerife, em fim eu me sentia livre. Por causa dessa minha imaginação eu sempre fui muito curioso, me lembro uma vez que eu misturei pimenta com detergente para ver se dava uma poção mágica (isso que dar jogar The Legendo of Zelda), lógico que isto não deu certo (mas não deixou de ser divertido). Meus pais ficavam loucos de tantas perguntas que eu fazia, como “Pai, por que o Mario consegue voar com uma capa amarela nas costas e eu não” ou ainda “Mãe, me da de presente uma espada do Zelda” (para os amantes de Zelda, eu confundia o Link com a Zelda), mau eles sabiam que isto tudo era por causa daquele velho Super Nintendo. Se eu não tive-se jogado Top Gear 3000 provavelmente hoje eu não seria um técnico em química, a historia é bem engraçada. Neste jogo há um motor que é movido a energia nuclear e seu símbolo era um átomo de Helio (eu só fui descobrir isto no meu curso técnico), como eu não sabia nada de inglês meu primo dizia que aquilo era apenas um motor nuclear, mas eu não entendia o que era essa coisa nuclear, eu só sabia que o motor fazia o carro correr muito. Um dia eu estava vendo TV quando vi um documentário da 2º Guerra Mundial que falava sobre Hiroshima e Nagasaki, quando apareceu na TV a bomba nuclear (não me lembro qual) explodindo eu fiquei doido, eu assimilei na minha mente que o motor nuclear do Top Gear 3000 era movido pela explosão da bomba, por isso o carro ficava tão rápido. Dês de então eu tinha o sonho de ser cientista (ainda hoje tenho este sonho, só que sei que minha área de atuação é a química) e fazer uma bomba nuclear (não vou joga07-10-09 Vr ela em ninguém, isso é só uma idéia boba minha de infância).

Como você pode ter, os games tiveram uma influencia positiva na minha vida, muitas coisas que eu gosto hoje, como a química e a língua inglesa surgiram por causa do inglês. Para você ter idéia, eu só comecei a fazer inglês porque eu reclamava com o meu pai que eu não entendia o que o Mario dizia quando passava um “castelinho”, no caso era o Super Mario World. Os games levam as pessoas a terem persistência, a querer atingir a meta, a ser o melhor e a sempre se superar. Hoje já é comprovado que os games ajudam a desenvolver e a manter o raciocínio lógico, alguns games que são focados especialmente nessa área são o “Big Brain Academy “e “Brain Age: Train Your Brain in Minutes a Day” ambos de Nintendo DS. Existem ainda outros jogos que indiretamente treinam ou colocam seu raciocínio em xeque como Silent Hill de Playstation 1 e seu clássico enigma do piano que deixou gamers na época de cabelo em pé (meu primo foi vitima desse jogo). Os jogos que passam o ensinamento de trabalho em equipe são muito comuns, principalmente em PCs co07-10-09 IVmo Call of Duty IV, Age Of Empires III e MMORPGs diversos.

É muito interessante quando o conhecimento que se aprende nos games chega a sala de aula, a primeira e mais evidente forma e pela língua. Se uma pessoa joga muito jogos em inglês, o que é extremamente comum entre a maioria dos gamers, ela tem uma maior facilidade para lidar com o estudo e aplicação da mesma. Muitos jogos contribuem e muito para o enriquecimento do vocabulário em inglês. A uns 10 anos atrás isto ainda era incomum, mas a partir do meio da era 128 bits (Playstation 2, Xbox e Game Cube) os games passaram a vir com áudio e com legenda, o que os transformou em uma verdadeira aula de inglês. Meu vocabulário e pronuncia melhoraram bastante enquanto eu estava jogando Final Fantasy XII para Playstation 2, o jogo tinha uma riqueza lingüística tão grande que eu repetia as falas dos personagens tentando me aproximar o máximo possível do sotaque, nesta época minha professora de inglês acha graça quando eu tenta imitar a fala dos personagens. Em matemática, química e física, quando eu não sei como chegar em um resultado por meio de uma formul07-10-09 IIIa eu uso o raciocínio lógico e tento de todas as formas descobrir ma forma para chegar a resolução do problema, esta tática minha se desenvolveu por eu jogar muitos jogos que em certas partes você é obrigado a achar uma resposta rápida para um problema sem ter praticamente nem uma base de apoio.

Os games são uma ferramenta que pode ser usado na educação das pessoas, não entendo por que nas escolas pode ter campeonato de xadrez mais não pode ter de Street Fighter, Bombem Man ou Age of Empires. Não quero dizer que o xadrez deve ser substituído ou coisa assim, mas os educadores deveriam olhar os games com outros olhos, saber escolher aqueles que podem ser aplicados na escola e incentivar os alunos a jogarem. Sei que para a realidade do nosso país e da nossa sociedade isto é praticamente inviável, mas a sociedade deveria olhar com outros lados os games e seus lados positivos. Nem tudo são rosas e na próxima parte irei abordar o lado sombrio desta relação.

2 comentários:

  1. Bnick,

    interessante esta sua história....parabéns pelo blog...

    que tal uma série Games e "matéria"??? Para o primeiro texto sugiro "Games e Matemática".

    Como inspiração veja o link http://www.ams.org/mathmoments/mm56-videogame.pdf

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  2. Noob,
    ficou muito bom o texto, realmente os jogos influenciam muito as pessoas, tanto negativamente, quanto positivamente. Essa é uma boa ideia de texto, tal você fez com os animes.
    Mas falando de relação games - matérias escolares, realmente é uma boa ideia.
    Parabéns pelo bolg...
    Do sempre chato,
    Vitor

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