quarta-feira, 7 de outubro de 2009

As Olimpíadas são nossas!

07-10-09 VI

Por Zero

No ultimo dia 02 de outubro de 2009, a cidade do Rio de Janeiro foi oficialmente nomeada a cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Esse fato foi festejado em todo o país, afinal de contas, essa será a primeira olimpíada na America do Sul e logicamente a primeira no Brasil, tudo bem, esse é um blog de vídeo-games, mas o que custa falarmos de outro tipo de jogo que não são os eletrônicos? Enfim, mas pensem comigo, o nosso país está realmente preparado para realizar essa olimpíada?

Estamos a pouco menos de sete anos para o inicio dos jogos, muito tempo, diga-se de passagem, e nesse período muito dinheiro será investido na cidade do Rio de Janeiro para que reformas em toda a cidade sejam feitas, além da construção de muitos centros esportivos. Os jogos também trarão a Cidade Maravilhosa milhões de turistas do mundo inteiro gastarão bastante dinheiro, aumentando a renda da cidade com relação ao turismo.

Até o ano de 2016 varias pessoas irão procurar esportes para praticarem e assim, novas estrelas do esporte poderão nascer, mas para isso é preciso uma única coisa, apoio das autoridades que cuidam de nosso país. Vivemos num Brasil onde o que interessa à maioria das autoridades é dinheiro e é justamente o que mais será usado na reforma do Rio para os jogos, dinheiro esse que como é comum em nosso país será desviado dos cofres públicos e aumentarão as contas correntes de nossos políticos. Outro fator que prejudica o Brasil para a realização desses jogos é a violência, principalmente falando do Rio de Janeiro, uma das cidades mais perigosas de nosso país, com uma quantidade enorme de favelas locais onde quem manda é o trafico de drogas e a falta de segurança. Prometeram cuidar disso até o inicio das Olimpíadas, mas a policia será capaz de acabar com a violência em apenas sete anos, sendo que não conseguiu fazer isso nos últimos vinte?

Estamos falando de um país que tem sérios problemas na educação, com escolas publicas “caindo aos pedaços”, onde professores ganham muito pouco, vivemos num país que não incentiva a pratica de esportes que não seja o futebol, já em todo lugar que você for existe um campo de futebol e propagandas são apenas de futebol, vivemos num país onde a distribuição de renda é desigual, já que poucas pessoas possuem muito dinheiro e muitas pessoas vivem próximas a linha da pobreza, num país que tem sérios problemas de violência, onde o trafico de drogas domina as comunidades pobres ou então na pior dês hipóteses a própria policia manda.

Eis então que vem o motivo por eu ter escrito esse texto: eu sou completamente contra a realização das Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro, muitos disseram que eu não sou patriota, muito pelo contrario eu amo o país em que vivo e não o trocaria por nenhum outro, mas eu sou realista e sei os problemas pelo qual passamos. Por isso escrevi esse artigo para que vocês, meus amigos fãs de vídeo-games, o nosso país esta realmente pronto para realizar um evento de nível mundial? Se não esta pronto hoje, estará daqui a sete anos? É seguro colocar milhões de pessoas do mundo inteiro em uma só cidade? Essas e muitas outras perguntas só poderão ser respondidas nos próximos anos.

Games e Escola – Parte I

07-10-09 II Por Bnick

Muitas vezes eu já ouvi minha mãe dizendo “Menino, sai de video game e vai estudar”, bom, eu nunca saia. Quando eu tinha meus cinco anos meu Super Nintendo me levava para alem dos limites da minha imaginação, eu me sentia um astronauta, um encanador, um piloto de corrida, um cientista, um xerife, em fim eu me sentia livre. Por causa dessa minha imaginação eu sempre fui muito curioso, me lembro uma vez que eu misturei pimenta com detergente para ver se dava uma poção mágica (isso que dar jogar The Legendo of Zelda), lógico que isto não deu certo (mas não deixou de ser divertido). Meus pais ficavam loucos de tantas perguntas que eu fazia, como “Pai, por que o Mario consegue voar com uma capa amarela nas costas e eu não” ou ainda “Mãe, me da de presente uma espada do Zelda” (para os amantes de Zelda, eu confundia o Link com a Zelda), mau eles sabiam que isto tudo era por causa daquele velho Super Nintendo. Se eu não tive-se jogado Top Gear 3000 provavelmente hoje eu não seria um técnico em química, a historia é bem engraçada. Neste jogo há um motor que é movido a energia nuclear e seu símbolo era um átomo de Helio (eu só fui descobrir isto no meu curso técnico), como eu não sabia nada de inglês meu primo dizia que aquilo era apenas um motor nuclear, mas eu não entendia o que era essa coisa nuclear, eu só sabia que o motor fazia o carro correr muito. Um dia eu estava vendo TV quando vi um documentário da 2º Guerra Mundial que falava sobre Hiroshima e Nagasaki, quando apareceu na TV a bomba nuclear (não me lembro qual) explodindo eu fiquei doido, eu assimilei na minha mente que o motor nuclear do Top Gear 3000 era movido pela explosão da bomba, por isso o carro ficava tão rápido. Dês de então eu tinha o sonho de ser cientista (ainda hoje tenho este sonho, só que sei que minha área de atuação é a química) e fazer uma bomba nuclear (não vou joga07-10-09 Vr ela em ninguém, isso é só uma idéia boba minha de infância).

Como você pode ter, os games tiveram uma influencia positiva na minha vida, muitas coisas que eu gosto hoje, como a química e a língua inglesa surgiram por causa do inglês. Para você ter idéia, eu só comecei a fazer inglês porque eu reclamava com o meu pai que eu não entendia o que o Mario dizia quando passava um “castelinho”, no caso era o Super Mario World. Os games levam as pessoas a terem persistência, a querer atingir a meta, a ser o melhor e a sempre se superar. Hoje já é comprovado que os games ajudam a desenvolver e a manter o raciocínio lógico, alguns games que são focados especialmente nessa área são o “Big Brain Academy “e “Brain Age: Train Your Brain in Minutes a Day” ambos de Nintendo DS. Existem ainda outros jogos que indiretamente treinam ou colocam seu raciocínio em xeque como Silent Hill de Playstation 1 e seu clássico enigma do piano que deixou gamers na época de cabelo em pé (meu primo foi vitima desse jogo). Os jogos que passam o ensinamento de trabalho em equipe são muito comuns, principalmente em PCs co07-10-09 IVmo Call of Duty IV, Age Of Empires III e MMORPGs diversos.

É muito interessante quando o conhecimento que se aprende nos games chega a sala de aula, a primeira e mais evidente forma e pela língua. Se uma pessoa joga muito jogos em inglês, o que é extremamente comum entre a maioria dos gamers, ela tem uma maior facilidade para lidar com o estudo e aplicação da mesma. Muitos jogos contribuem e muito para o enriquecimento do vocabulário em inglês. A uns 10 anos atrás isto ainda era incomum, mas a partir do meio da era 128 bits (Playstation 2, Xbox e Game Cube) os games passaram a vir com áudio e com legenda, o que os transformou em uma verdadeira aula de inglês. Meu vocabulário e pronuncia melhoraram bastante enquanto eu estava jogando Final Fantasy XII para Playstation 2, o jogo tinha uma riqueza lingüística tão grande que eu repetia as falas dos personagens tentando me aproximar o máximo possível do sotaque, nesta época minha professora de inglês acha graça quando eu tenta imitar a fala dos personagens. Em matemática, química e física, quando eu não sei como chegar em um resultado por meio de uma formul07-10-09 IIIa eu uso o raciocínio lógico e tento de todas as formas descobrir ma forma para chegar a resolução do problema, esta tática minha se desenvolveu por eu jogar muitos jogos que em certas partes você é obrigado a achar uma resposta rápida para um problema sem ter praticamente nem uma base de apoio.

Os games são uma ferramenta que pode ser usado na educação das pessoas, não entendo por que nas escolas pode ter campeonato de xadrez mais não pode ter de Street Fighter, Bombem Man ou Age of Empires. Não quero dizer que o xadrez deve ser substituído ou coisa assim, mas os educadores deveriam olhar os games com outros olhos, saber escolher aqueles que podem ser aplicados na escola e incentivar os alunos a jogarem. Sei que para a realidade do nosso país e da nossa sociedade isto é praticamente inviável, mas a sociedade deveria olhar com outros lados os games e seus lados positivos. Nem tudo são rosas e na próxima parte irei abordar o lado sombrio desta relação.